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Como o crédito pessoal pode apoiar os seus projetos de vida sem comprometer o futuro?

20.10.2025
Colaborador novobanco de fato e mãos nos bolsos a sorrir com o logo logotipo por trás

Ricardo Zina, Departamento de Crédito a Particulares Gestão de Parcerias 

 

Como o crédito pessoal pode apoiar os seus projetos de vida sem comprometer o futuro?

Num contexto económico marcado por incertezas, custos de vida mais elevados e um maior escrutínio sobre as decisões financeiras, o crédito pessoal surge, para muitos, como uma ferramenta essencial para transformar planos em realidade. Seja para realizar uma remodelação em casa, investir em formação, consolidar dívidas ou simplesmente ganhar margem para concretizar um projeto de vida, o crédito pode — quando bem enquadrado — ser um catalisador de progresso e estabilidade.

Mas o crédito só cumpre verdadeiramente esse papel quando é planeado, responsável e alinhado com a capacidade financeira de cada pessoa. É esse equilíbrio que diferencia uma decisão ponderada de um risco para o futuro.

Ao longo dos últimos anos, temos assistido a uma maior maturidade financeira dos consumidores portugueses. Hoje, quem recorre ao crédito procura, não apenas uma taxa competitiva, mas também aconselhamento especializado e transparência nas condições. É aqui que o papel da banca e dos intermediários de crédito se torna determinante.

Mais do que apresentar uma proposta, o intermediário de crédito deve atuar como parceiro de apoio à decisão — alguém que ajuda o cliente a ver além da primeira hipótese. Por vezes, o crédito pessoal é a resposta; noutras, poderá ser mais adequado um crédito consolidado, uma linha de financiamento com prazo mais ajustado, ou até um plano faseado de poupança antes de avançar para o financiamento. O essencial é que o cliente compreenda as implicações de cada opção, com base em cenários realistas e sustentáveis.

O verdadeiro valor do aconselhamento está em ajudar a projetar o futuro com clareza. Isto significa olhar não apenas para o rendimento atual, mas também para possíveis alterações de contexto — profissionais, familiares ou económicas — que possam influenciar a capacidade de cumprir as obrigações assumidas. Um crédito responsável não é aquele que maximiza o montante financiado, mas sim o que se ajusta à vida e aos objetivos de quem o contrai.

Por isso, o papel da banca deve ser também o de “educador financeiro”. O acesso ao crédito deve vir acompanhado de um processo de análise transparente, onde se reforça a importância do planeamento orçamental e da gestão prudente do endividamento. Hoje, a tecnologia permite uma avaliação mais rápida e personalizada, mas continua a ser a dimensão humana do aconselhamento que faz a diferença: compreender o que o cliente realmente procura e garantir que a solução proposta o aproxima dos seus objetivos sem colocar em causa a sua tranquilidade financeira.

Usado com ponderação, o crédito pessoal é uma alavanca de crescimento individual. É o instrumento que permite estudar mais, investir no conforto do lar, apoiar a família ou dar o primeiro passo num sonho há muito adiado. Contudo, deve ser sempre acompanhado por uma visão de médio e longo prazo, onde o equilíbrio entre ambição e prudência é o ponto de partida para qualquer decisão.

No fim, o crédito não deve ser visto como um fardo, mas como um meio inteligente de alcançar o que realmente importa. A chave está na escolha informada, na análise cuidada e na confiança construída entre cliente, banco e intermediário. Porque realizar projetos de vida é importante — mas fazê-lo sem comprometer o futuro é o que garante que cada conquista tem bases sólidas para durar.

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